O Boccia

Regras

O Boccia é formal e internacionalmente uma modalidade exclusiva, atualmente, para atletas com deficiência e, como tal, não é adaptada de um desporto convencional (como é o atletismo, o basquetebol em cadeira de rodas, etc.) sendo, portanto, as regras concebidas de raiz e exclusivamente para jogadores com deficiência/incapacidade motora e tutelada pela Cerebral Palsy International Sports and Recreation Association (CPISRA), que detinha a autoridade e a governança internacional sobre a modalidade até dezembro de 2012. A partir de janeiro de 2013 passou para a responsabilidade da Federação Desportiva Internacional de Boccia (BISFed – Boccia International Sports Federation).

Encontra-se em vigor as Regras de Boccia da BISFed, para o atual Ciclo Paralímpico 2013-2026, de fevereiro de 2015, em inglês.
Em Portugal existe, uma versão adaptada das regras da CP-ISRA, para o Desporto Escolar.

1. As Regras de Boccia

Temos, em português, as Regras de Boccia do Desporto Federado e o Desporto Escolar, considerando a população alvo e o princípio da Escola Inclusiva, a saber: - “São elegíveis para competirem no Desporto Escolar os alunos/as que frequentam o Ensino Básico, o 2º ou o 3º Ciclo ou o Secundário, de Estabelecimentos de Ensino, Público ou Privado”. As regras da BISFed, com a versão oficial em inglês, é válida para o desporto federado e para o desporto paralímpico.

2. A Operacionalização das Regras

O jogo” de Boccia tem início com a realização do primeiro “parcial”, de um total de quatro (para individual e pares) ou seis (equipa), com o “lado” (individual ou coletivo), que joga com as “bolas vermelhas”, a lançar a “bola alvo” para a área válida do “campo” de jogo. O jogo tem início, com o jogador da bola vermelha, situado mais a esquerda (virado para o campo, casa 1), após o sorteio da moeda ao ar, que receberá a bola branca ou bola alvo, para lançar. O(s) jogador(es) (individual, par ou equipa), após o sorteio, são colocados, alternadamente, nas casas ou caixas de lançamentos (numeradas de 1 a 6, da esquerda para direita).

Lança a primeira “bola” de cor (vermelha) o jogador que lançou a bola alvo. E, de seguida, o lado adversário lançará a primeira bola, neste caso, “azul”. O “lançamento” das restantes bolas será da responsabilidade do lado que tiver a bola mais longe da bola alvo, a não ser que o lado tenha lançado todas as suas bolas. Neste caso o outro lado lançará a seguir, até que todas as bolas tenham sido lançadas. O fim do parcial verifica-se quando, para além da bola alvo, todas as 12 bolas, 6 de um lado (vermelhas) e 6 de outro lado (azuis) tenham sido, sempre, lançadas por ambos os lados, com sucesso, isto é, para as respetivas áreas válidas do jogo, quer na competição individual quer na coletiva, e não tenham sofrido qualquer “violação”.

Finda o parcial, vence o lado com a bola mais próxima da bola alvo, que averba um ponto por cada bola mais perto da bola alvo do que a bola mais próxima do lado adversário. Os pontos conseguidos em cada parcial são somados, em função do número de parciais por categoria individual ou coletiva, e o lado com a pontuação mais elevada é declarada vencedor. Se a pontuação final for igual, é jogado um parcial de desempate que determina o vencedor.

A bola branca quando sai para fora, dos limites da área válida, ao ser lançada por um jogador, é considerada nula e passa para o adversário e, assim, sucessivamente até ser colocada na área válida. Quando a bola branca é empurrada para fora é colocada na cruz. A cruz também serve para colocar a bola branca, para o desempate, em caso de empate. As bolas vermelhas e/ou azuis quando saem ou são empurradas, para fora da área válida de jogo, são consideradas nulas. As variáveis que, normalmente, ocorrem durante o desenvolvimento do jogo irão ditar, em função das normas e da atuação do árbitro, a realização de diferentes situações de jogo para os quais o jogador, em competição individual ou coletiva, terá que encontrar as melhores soluções física, técnicas, estratégicas e táticas possíveis.